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quarta-feira, 14 de março de 2012

[Parte 2]Diários de sangue. -Transformação


Acordei com o Marcos ao meu lado, acariciando meus cabelos.
Ele parecia tão encantador quanto no nosso primeiro encontro.
Então ele pegou um prato com algo, acho que era sopa. E me ofereceu dizendo:
-Coma minha menina, não quero que você fique fraca nem doente.
Eu rejeitei, após tudo que ele tinha feito fiquei com medo que ele tentasse me envenenar ...
Ele então segurou minha boca deixando-a aberta e colocou a comida na minha boca e disse:
 -Eu já disse para você comer, não quero que morra. Te quero ao me lado.
Eu estava confusa demais com a situação, a algumas horas atrás ele estava me cortando e agora queria cuidar de mim. Mas o que esta havendo afinal? Me questionei mentalmente.
Tentei mover minhas pernas, claro que não consegui. Havia esquecido que aquele maldito psicopata havia congelado minhas pernas.
Ele estava mexendo em algo sobre a mesa, não conseguia enxergar direito.
Ele então perguntou:
 - Como estão as pernas Amanda? Precisa de ajuda com elas?
-Seu idiota psicopata, já chega me tire daqui. Eu gritei.
Ele sorriu e disse:
-Nossa, é assim que você trata alguém que te quer tão bem? Vou mostrar que quero cuidar de você...
 ele me desamarrou e tirou-me de perto de freezer. Pegou um lençol e me cobriu, eu estava tremendo. Quando o frio alivio mais, consegui pensar claramente. Percebi que estava desamarrada, e vi seu canivete sobre a mesa. Peguei e escondi debaixo do cobertor...

Ele aproximou-se, alisou meu cabelo e perguntou:
-Esta melhor assim, minha menina?
-Sim.
Respondi-lhe sorrindo.
Quando ele aproximou-se mais, peguei o canivete e enfiei em sua barriga , senti a faca cortando sua pele e seu sangue quente batendo em minha mão.
Ele caiu, eu rapidamente levantei-me e tentei correr para a porta, quando percebi que ela estava fechada.
Olhei para o Marcos que estava calmamente sentado no chão e encarando com um olhar frio.
Tamanha foi minha surpresa quando ele puxou o canivete de sua barriga. O sangue seringou longe. Senti até um pouco de enjôo. Então ele tirou sua camisa, o corte foi profundo mesmo.
Porém percebi algo muito estranho. Ele estava cicatrizando rapidamente.
Gritei desesperada:
- O que diabos você é?
As lagrimas escorriam do meu rosto.
Ele sorriu enquanto levantava e disse:
-Você já disse o que eu sou, sou um louco psicopata, não é isso que você acha? Ou será que tem  mais alguma coisa para acrescentar?
Agora ele parecia realmente irritado.
Ele aproximou-se de mim me olhou nos olhos enxugou minhas lágrimas e disse:
-Não chore ainda menina, mal começamos. Ainda tem muito.
E me deu uma forte tapa no rosto que cortou meus lábios.
Em seguida me pegou pelos cabelos e me olhou nos olhos durante algum tempo.
Então desviou o olhar para minha boca e viu que ela estava sangrando.
Aproximou-se mais e passou a língua sobre o sangue.
Seus olhos pareciam ter mudado, estavam totalmente negros.
Ele puxou meu corpo para junto dele e beijo-me.
Em seguida agarrou-me com muita força enquanto beijava-me.
Eu não sabia o que ele faria naquele momento, mas eu não queria que ele parasse.
Ele beijo-me novamente e desceu até meu pescoço. Grande foi minha surpresa quando ele me mordeu. No momento meu corpo estremeceu. Era uma dor terrível e no mesmo instante um prazer indescritível. Parecia que tínhamos nos tornado um só, eu podia ouvir as batidas rápidas do seu coração e tinha consciência que ele também podia ouvir as minhas ficando mais fracas. Naquele momento eu tinha consciência de apenas uma coisa. “eu estava morrendo”.
Já não sentia mais nada, apenas ouvia seu coração naquele ritmo acelerado. Foi quando ele parou, afastou-me dele, olhou-me fixamente e perguntou:
-Você quer viver Amanda? Quer ficar comigo?
Eu mal conseguia ouvi-lo, meu corpo estava adormecido.  Juntei minhas ultimas forças e respondi apenas:
-Sim.
Ele me olhou por alguns segundos e em seguida com seus próprios dentes fez uma incisão em seu pulso. Aproximou-se de mim e disse:
-Beba!
Eu não sabia o que estava acontecendo, mas o obedeci.
Se eu tentasse descrever agora o imenso prazer que senti ao provar seu sangue em minha boca, seria inútil. É o maior prazer já experimentado. Eu sentia meu corpo recuperando as forças enquanto bebia do seu sangue. Foi quando ele bruscamente me afastou do seu pulso e disse:
-Já chega Amanda.
Eu o olhei, as coisas pareciam estranhas. As cores estavam mais nítidas, e eu podia ouvi até seu coração batendo, mesmo a certa distancia. Era confuso, e percebi que ele notou minha confusão. Sorriu, aproximou-se e beijo-me.
Colocou suas mãos em meu pescoço, fez uma certa pressão. É a ultima coisa que me lembro daquele momento.

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